Pensamentos



"A sociedade que aceita qualquer jornalismo não merece jornalismo melhor." ALBERTO DINES


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Propagandas do bem e para o bem!

Esther Louro e Manuelle de Lima

Hoje em dia, o trabalho nos exige muito tempo. As inúmeras atividades cotidianas podam horas de convívio com os que amamos. Parar a rotina frenética parece algo impossível, e acaba tornando-se difícil prestigiarmos algo que realmente nos agrada e mexe conosco.
Entretanto, vivemos em um país onde o meio publicitário é muito rico e criativo. Enquanto contemplamos determinadas propagandas, podemos rir, refletir e até mesmo chorar, de forma que somos levados a um mundo divertido e leve.
Uma prática de publicidade que muito nos agrada é a forma positiva de apresentar um determinado produto ou serviço, utilizando-se de artifícios bem humorados, que valorizam a simplicidade. Destacaremos, a seguir, exemplos deste tipo de “campanhas”.
Dos anos 90 lembramos da propaganda da Faber Castell, que ao som do mestre Toquinho nos fez sonhar ao vermos as cores formando desenhos pelo céu. Difícil de esquecer também foram os mamíferos que a marca de leite Parmalat apresentou em 30 segundos, no ano de 1996. Um tipo de anúncio publicitário que além de chamar a atenção para a empresa, fez com que pessoas de todas as idades parassem em frente à televisão, para rir e se divertir com crianças fantasiadas de diferentes animais.
Já da atualidade, podemos destacar alguns comerciais, como o da cerveja Heinecken, que mostra de uma forma bem humorada as diferenças de prioridades entre homens e mulheres. Outras campeãs de acessos no Youtube (site de vídeos) são as propagandas da cerveja Skol, inspirada no brega do cantor Beto Barbosa, a série de propagandas sinceras e realistas “Pode Ser” do refrigerante Pepsi e a mais recente delas, a da Coca-Cola, que ao contrário do que a maioria apresenta, celebridades não são o foco principal, mas imagens cotidianas, ao som de um coral de crianças cantando Whatever,  conhecida música da banda Oasis, lançada há quase 20 anos, e que traz como chamada principal “Existem razões para acreditar - Os bons são maioria”. O sucesso da propaganda é provado pelos quase 4.000.000 de acessos que obteve na internet, até o momento.
O meio publicitário não trabalha somente para vender produtos ou serviços, mas para influenciar e conscientizar as pessoas de alguma forma. Um exemplo é a propaganda da Santa Casa de São Paulo, que com o intuito de aumentar os doadores de órgãos, veiculou imagens da relação de um cão com seu dono. O efeito foi satisfatório. Após três meses da divulgação do comercial, o número de doadores aumentou em 30%, e em apenas sete meses o número chegou a 60 doadores, o que representa quase a totalidade do ano anterior, que foram 62 doações.
É assim que os publicitários nos empolgam, nos fazem valorizar pequenas coisas, rir de verdades (e até de mentiras), possuindo o poder de transformar um simples intervalo na atração principal, propagando muito bem o produto que representam.

Inteligência em um clique

Antoniela Rodriguez, Elana Mazon e Maria da Graça Siqueira 

      Muitos veículos jornalísticos já utilizam a opinião dos leitores no seu trabalho, principalmente como feedback de matérias já publicadas. Leitores e espectadores em geral, não apenas comentam trabalhos passados, mas sugerem novas pautas e colaboram com elas. Com o desenvolvimento das novas tecnologias e com a crescente expansão da internet como ferramenta de produção e distribuição do conteúdo jornalístico, o relacionamento entre emissor e receptor também sofreu inúmeras alterações. Os sites noticiosos estão se transformando em veículos de comunicação que reúnem características de diferentes mídias.
      No site de notícias da Rede Globo, por exemplo, a página “Vc no G1” mostra apenas conteúdo enviado por leitores. As matérias contêm, principalmente, flagrantes de acidentes, desastres naturais e fotos ou vídeos de grandes coberturas feitas pelo veículo. Em março deste ano, a página mostrava material enviado pelos internautas sobre a visita do presidente americano Barack Obama, terremotos no Japão, entre outros.
      Já no hiperlocal ClicRBS Pelotas existe um conselho de colaboradores, formado por moradores da cidade que exercem as mais variadas profissões. Segundo o próprio site, o grupo tem “a missão de ajudar a produzir e discutir os conteúdos publicados”.
       O especialista em marketing e escritor canadense Don Tapscott, em entrevista à revista Veja de 13 de abril, afirma que “não vivemos na era da informação. Estamos na era da colaboração. A era da inteligência conectada”.
       Quando surgiu a prensa móvel de Gutenberg, Martinho Lutero chamou a invenção de “a mais alta graça de Deus”. Com ela ganhamos acesso à palavra escrita, mas foi com a internet que descobrimos que cada um pode ser seu próprio editor. E com informação colaborativa, as instituições estão se tornando obsoletas e os próprios jornais enfrentam uma crise, como o Jornal do Brasil que hoje se apresenta apenas em edição ON LINE.
       Na sociedade atual, o conhecimento e a informação estão sendo transmitidos não só de um para muitos, mas de muitos para um. É a inteligência agindo em rede, num sistema de colaboração de massa. E as pessoas se entregam à ajuda coletiva porque a internet está derrubando o custo da colaboração. E é do interesse das pessoas ajudarem umas às outras.

Wikipédia

      A Wikipédia não tem dono, é uma enciclopédia aberta. Feita por mais de um milhão de pessoas, já é dez vezes maior que a Enciclopédia Britannica. Além disso, está traduzida em 190 idiomas. Uma característica considerável das ferramentas Wiki é a facilidade de edição e a possibilidade de criação de textos de forma coletiva e livre. Em seus 10 anos de vida, a enciclopédia está entre os 15 websites mais visitados no mundo.

A rotina de uma webjornalista

       Em palestra, na noite de 14 de abril, a Curadora de Conteúdo do ClicRBS, Bianca Zanella, afirmou que sua jornada inicial era na própria casa. Contudo, com o passar do tempo, optou por trabalhar na sede da RBS Pelotas, devido à quantidade de informações recebidas.
       Bianca informou que tem muitos colaboradores diários que enviam flagrantes e fotos. Perguntada por nosso grupo, como lida com as fontes colaborativas anônimas, ela informou que “se corre alguns riscos em webjornalismo”, mas sempre que tem condições verifica a autenticidade da fonte.
        Bianca terminou sua participação, deixando-nos uma frase que cabe exatamente dentro desta matéria e deste trabalho sobre webjornalismo: “QUEM TEM PARCEIROS, TÊM TUDO!”

Comunidades no Orkut: A informação coletiva

Marcela Lorea e Mônica Bandeira
  
A inteligência coletiva é uma forma das pessoas compartilharem seus conhecimentos com outras, utilizando recursos como a internet, na qual os próprios usuários geram o conteúdo através da interatividade com a web. Neste contexto, o site Orkut, que funciona como uma rede virtual de relacionamentos, permite aos usuários participarem de comunidades nas quais possam interagir e discutir idéias. Desta forma, os debates nas comunidades são exemplos de interatividade.

Redes sociais

Surgido em 2004, o Orkut foi criado com o objetivo de aproximar as pessoas na internet. Inicialmente, pretendia abranger excepcionalmente a população dos Estados Unidos, mas o Brasil acabou se tornando o país com o maior número de usuários. Durante muitos anos, essa rede social foi a mais usada no mundo inteiro, até o surgimento do Facebook, quando grande parte dos usuários trocou de rede. O Facebook, atualmente, chama mais atenção do público por apresentar muito mais aplicativos e, além disso,  viabilizar mais debates entre os usuários, ao contrário do Orkut.

O Orkut e a vida universitária

O uso das comunidades no Orkut, apesar de algumas possuírem muitos membros, é pequeno. A maioria dos usuários não é ativa, ou seja, não utiliza os recursos do fórum. Outros apenas coletam as informações necessárias e não interagem com os participantes da comunidade.
A aluna Taís Kirstein, usuária do Orkut, possui muitas comunidades, mas afirma que não responde aos fóruns que participa. Contudo, quando precisa de alguma informação presente em certo fórum, vai até ele, visualiza e recolhe o dado. Uma das comunidades que ela mais consulta os fóruns é a da Odontologia da UFPEL, na qual encontra informações de seu curso. Marília Piva também participa das comunidades do Orkut, por se identificar pelos temas e  necessitar das informações que elas contêm. Ela lê os fóruns e debates para se interar dos assuntos dos quais tem interesse.
Os alunos do curso de Jornalismo da UFPEL, Vinícius Silveira e Igor Campos, também utilizam os recursos das comunidades. Eles afirmam que acessam-as muitas vezes durante a semana e participam de alguns fóruns. As comunidades mais utilizadas pelos estudantes é a do seu curso e a do seu time de futebol, o Grêmio.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope no ano de 2010 comprova que 82% das pessoas tiveram como primeira rede social o Orkut e 73% utilizam para relacionar-se com outras pessoas ou falar com os amigos.
Tanto o Orkut quanto o Facebook podem ser enquadrados como uma forma de inteligência coletiva justamente pelas características apresentadas. De um lado, o Orkut com seus fóruns e comunidades. De outro, o Facebook com toda sua interatividade e debates. Cada qual à sua maneira, ambos viabilizando o compartilhamento de conhecimento.