Pensamentos



"A sociedade que aceita qualquer jornalismo não merece jornalismo melhor." ALBERTO DINES


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Rock in Rio

Esther Louro e Maria da Graça Siqueira


        Criado como um festival de música, sonhado e idealizado pelo empresário brasileiro Roberto Medina, foi realizado pela primeira vez em 1985 na cidade do Rio de Janeiro. Marco na história brasileira como um evento de repercussão mundial, em 2004 teve a sua primeira edição fora do país em Lisboa, Portugal. O Rock in Rio já teve nove edições, sendo três no Brasil, quatro em Portugal e duas na Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes: Lisboa e Madrid.
        A fama do festival deve-se ao fato de que, até sua realização, as grandes estrelas da música internacional não costumavam fazer shows na América do Sul. Ali o público teve a oportunidade de ver de perto os ídolos do rock e do pop internacional.
 

 

     Alguns artistas brasileiros dividiram bastidores com grandes nomes do mundo da música e se mostravam ansiosos pelo momento, planejando grandes entradas e saídas dos palcos.


 
        As atrações do dia 11.01.1985 foram:Queen, Iron Maiden, Whitesnake, Baby Consuelo e Pepeu Gomes, Erasmo Carlos e Ney Matogrosso. Nos dias seguintes desfilaram no palco George Benson, James Taylor, Al Jarreau, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Ivan Lins, Rod Stewart, Go Go's, Nina Hagen, Blitz, Lulu Santos, Os Paralamas do Sucesso, Alceu Valença, Moraes Moreira, AC/DC, Scorpions
Barão Vermelho, Eduardo Dusek, Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens, Ozzy Osbourne, Rita Lee, Yes, Elba Ramalho, The B-52's.
      Nesta edição, o Rock in Rio é na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, em uma ampla área de 150 mil metros quadrados. O local agradou a muitos pelo fato de voltar a ser realizado na sua “cidade natal”. O evento, que acontecerá até o próximo dia 2.10, espera atrair mais de 700 mil pessoas e contará com atrações variadas dispostas entre o Palco Mundo e o Palco Sunset e nos espaços Eletrônica e Rockstreet. E essa variação está dando o que falar: o axé das brasileiras Claudia Leitte e Ivete Sangalo, e o pop das estrelas americanas Ke$ha, Rihanna e Katy Perry parecem não ter agradado aos admiradores do verdadeiro rock’and’roll, gênero que primordialmente movia o festival.
       Para muitos, bandas como Slipknot, Metallica, Snow Patrol, System of a Down, Guns n’roses e Red Hot Chilli Peppers, não deveriam dividir o palco com outros gêneros tão divergentes. Afinal é conflitante curtir o clássico ‘Enter the Sandman’, e depois ‘segurar na corda do caranguejo’, pra lá e pra cá, junto de Claudia Leitte.
      O roqueiro Serguei, "avô" do rock nacional, disse que a inclusão de grupos de samba, axé e outras músicas populares desfigurou o espírito original do festival. O cantor, que lançou o primeiro de seus 10 discos em 1966 e participou de festivais como o lendário Woodstock (1969), o segundo e terceiro Rock in Rio (1991 e 2001) acredita que “o rock and roll não é só um gênero musical. O rock and roll é uma cultura, é um estilo de vida, é uma atitude, e não vejo nada disso em um samba ou em um axé".    
           Muitos manifestaram publicamente sua posição na web, inclusive com charges e montagens cheias de humor:





      Mas assistindo, na noite de 24.09 ao grupo de rock brasileiro Capital Inicial, considerada até o momento como a melhor apresentação, concluímos que nosso rock é conseqüente sim, e dividir o palco com outros grupos populares, prova, não só a diversidade de nosso povo, como sua capacidade de conviver em paz.




      Afinal, no Rock in Rio de 1985 roqueiros como Iron Maden, Whitesnake e cantores pops  como  Al Jarreau, James Taylor e George Benson  estiveram juntos à Elba Ramalho encantando aquela geração privilegiada.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Acerto técnico ou mera coincidência?


Internacional está invicto desde a saída do capitão Bolívar

Ezekiel Dall'Bello

        O técnico Dorival Jr já havia deixado explícito: só aceitaria treinar o Inter se tivesse plena liberdade para mexer no time sem objeção da diretoria. O presidente Giovanni Luigi aceitou, o time mudou e o colorado alça novos voos no Campeonato Brasileiro de 2011.
Bolívar pode voltar ao time domingo
        Após o empate em casa com o Santos, em 3 a 3, o zagueiro e capitão Bolívar pediu afastamento do time devido às fortes críticas da imprensa e da torcida, alegando que isso estava afetando sua vida pessoal. Junto a este afastamento, a suspensão de Índio, devido à expulsão no jogo contra o Bahia, abriu portas para os jovens Juan e Rodrigo Moledo.
        Juan, 20 anos, retornou da Seleção Brasileira Sub-20, na qual foi campeão mundial da categoria recentemente. Rodrigo Moledo, 23, que já havia recebido algumas chances com o interino Osmar Loss, consolida-se cada vez mais na zaga titular, com apresentações seguras e muita raça.
        Desde então, a equipe ainda não perdeu nenhuma partida. O time está com três vitórias e três empates, aproveitamento superior ao do Vasco, atual primeiro colocado. Enquanto o líder possui 62,8% de aproveitamento no segundo turno, o Inter já soma 66,6%.
        Índio já retornou ao time, e bem. O capitão Bolívar, por sua vez, pode voltar ao time titular neste domingo devido à expulsão de Rodrigo Moledo no último jogo contra o Atlético-MG. E o treinador Dorival Jr pretende continuar com a série invicta para que o colorado possa finalmente retornar ao G-5, grupo dos que vão à Libertadores 2012.
O Inter joga fora de casa dia 2 de outubro contra o Atlético-PR, partida válida pela 27ª rodada. Resta agora confirmar-se a escalação do zagueiro e ver o fim do jogo para descobrirmos se Dorival acertou ao por os “meninos” para jogar ou se esses resultados são mera coincidência.

domingo, 4 de setembro de 2011

Molhes da Barra de Rio Grande

Esther Louro



 
Uma das belezas de Rio Grande é a Praia do Cassino, a maior do mundo em extensão, que conta com várias atrações turísticas. Dentre elas, destacam-se o casco do navio Altair (encalhado em 1976), a suntuosa estátua de Iemanjá e os Molhes da Barra, os quais são considerados uma das maiores obras da engenharia oceânica do mundo.




Os Molhes da Barra foram construídos em 1909, a fim de tornar a navegação no canal mais segura. No passado, foram muitos os navios que naufragaram na costa. Por isso embarcações de grande porte temiam a entrada na barra de Rio Grande, devido às constantes mudanças de seus bancos de areia.
Os Molhes são formados pelo Molhe Leste (na cidade de São José do Norte) e pelo Molhe Oeste (na cidade de Rio Grande). Eles fixam a barra do canal, protegendo-o da ação das ondas e do assoreamento natural.  
Em 2001 iniciou-se a obra de ampliação dos Molhes da Barra após inúmeros embargos e paralisações. A obra acabou apenas este ano, e a ampliação foi de 700km no Molhe Oeste (agora com 3,860km) e de 350km no Molhe Leste (agora com 4,570km). 


O prolongamento do Molhe Oeste propiciou aos turistas e aos riograndinos quase 1 km a mais de deleite em meio ao oceano Atlântico. Como foi feito apenas com rochas, sem trilhos, deve-se escalar as rochas e caminhar por cima delas, até saltando de rocha em rocha para chegar perto do mar e deliciar-se com a imensidão azul. Muitas vezes ainda se tem a especial companhia de golfinhos e leões marinhos.


Para se chegar ao fim do Molhe, você tem a agradável opção de ir de vagoneta, carrinhos movidos à vela que andam por trilhos. Os “vagoneteiros”, como são chamados os trabalhadores que guiam os vagonetas, propiciam uma viagem agradável, segura e diferente. O passeio também é uma opção econômica. Com duração média de uma hora (dependendo das condições do vento) custa apenas R$5,00 por pessoa.



Vista aérea retirada do site: