Pensamentos



"A sociedade que aceita qualquer jornalismo não merece jornalismo melhor." ALBERTO DINES


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Two and a half man" - Sem Charlie Sheen, quanto tempo durará?


Esther Louro e Maria da Graça Siqueira

       A famosa série "Two and a Half Men", do canal de TV a cabo Warner, encontra-se em uma fase não tão próspera. A audiência da 9ª temporada, sem o personagem Charlie Harper (Charlie Sheen), cai semana a semana e muitos crêem que a série sem seu astro principal não tem mais graça.
        O capítulo de estreia  mostrando o destino de Sheen e apresentando Ashton Kutcher ao público, teve a impressionante marca de 28,7 milhões de espectadores. Marca superior ao último episódio da 8ª temporada ainda com Charlie Sheen. Contudo, desde então os números só diminuem.
        Ao que parece, os telespectadores queriam ver como seria o fim de Sheen e como Ashton seria inserido na trama, mas o enredo não agradou. Com a média de 14,2 milhões de telespectadores, a audiência da nova temporada está com um milhão de telespectadores abaixo da média registrada na temporada anterior.
        Charlie Sheen foi afastado da atração por ter criticado os criadores e a produção, envolvendo-se em uma série de escândalos profissionais e pessoais. No programa Roast of Charlie Sheen, exibido no canal americano Comedy Central, no mesmo dia em que foi ao ar a nova temporada de Two and a Half Men, Sheen desabafou bem ao seu jeito politicamente incorreto: “Eu tive tudo no mundo e perdi porque fiz o que todo mundo aqui quer fazer um dia: mandar seu chefe se f..... E ainda estou aqui pra contar a história!”
        O programa teve a presença de inúmeros humoristas que faziam piadas bem pesadas sobre a vida de Sheen, ao mesmo tempo em que diziam o quanto o admiravam.
                       


        Sem Charlie Harper, a série perdeu a magia. Agora podemos contar apenas com o humor de Alan (Jon Cryer) e Berta (Conchata Ferrell), já que Jake (Angus T. Jones) perdeu a graça ao entrar na adolescência e Walden (Ashton Kutcher), que deveria ser o substituto de Charlie, não convence.
        O papel de Kutcher irrita, a sua infantilidade e ingenuidade exagerada é uma afronta aos admiradores do humor irônico, perspicaz e maldoso que Charlie Sheen desenvolvia na série. Walden lembra muito outro personagem de Kutcher, o adolescente Michael Kelso do seriado That’s 70’s Show (Sony), que também era bobo e infantil. Entretanto, Kelso era um adolescente que vivia em Wisconsin, nos anos 70, realidade bem diferente de Walden, um adulto divorciado em Malibu.
                     


        Outra crítica dos telespectadores são as cenas apelativas que estão sendo veiculadas nos novos episódios, como quando Walden e Alan se beijam, ou quando Walden aparece totalmente nu. Sabemos que uma bela aparência convence em comédias românticas que duram 90 minutos, mas será que vai sustentar uma série de comédia semanal?
        Charlie Sheen comentou sobre Kutcher em entrevista recente ao The Hollywood Reporter: “Kutcher está fazendo o melhor que pode, mas estou muito decepcionado com a forma como eles estão lidando com o que eu deixei para trás”. Com certeza o desapontamento prova que Charlie era a alma da série.
        Um dos melhores episódios dessa temporada, que nem se compara aos anteriores com Sheen, foi justamente o que Alan acredita ser Charlie e age da mesma forma que o falecido irmão. Usando as roupas caras e despojadas e as cantadas baratas e infalíveis de Charlie, Alan conseguiu fazer-nos rir. Ao mesmo tempo percebemos que Charlie Harper só pode ser encenado por Charlie Sheen. Agora só nos resta assistir o desenrolar da série ou o seu desfecho.
          Na vida fora das telas, Ashton acaba de se divorciar de Demi Moore, com quem esteve casado por 6 anos,  após boatos de que o ator teria traído a esposa.  Já Sheen, aproveita sua vida, como na partida de futebol de uma de suas filhas, Sam, junto com a mãe da menina, Denise Richards. Separados, Charlie e Denise mantêm um bom relacionamento.



        Desde que foi demitido da Warner Bros, Sheen procura adotar um estilo de vida mais discreto e convencional e atualmente filma seu novo trabalho nos cinemas, "A Glimpse Inside The Mind of Charles Swan III".

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O 4º poder

Alex Pires e Pedro Henrrique Diemer

 
     Sempre se falou do poder que a televisão tem, não somente na vida particular das pessoas, mas também em setores sociais e políticos. É a antiga questão ética, de onde começa e termina o limite que uma emissora possui. Essa semana, o assunto voltou a ser pauta, após José Bonifácio de Oliveira Sobrinho ter dado algumas declarações polêmicas em uma entrevista.  
   Lançando a sua biografia, Boni esteve presente em muitos eventos e programas para falar sobre o livro, e consequentemente, sobre sua vida. Comandando durante anos o setor de programação da Rede Globo, sua vida está atrelada a momentos importantes da nossa televisão - momentos bons e ruins.
       Em conversa na Globo News, declarou que nas eleições presidenciais de 1989, deu dicas para o então candidato Fernando Collor de Mello (vídeo). As tais dicas incluíam tirar a gravata e aparecer mais no meio do povo, como forma de ter o carisma e a popularidade que o adversário Luiz Inácio Lula da Silva tinha com o povo.



     A verdade é que a discussão é antiga. Porém, essa é a primeira vez que alguém que trabalhou na emissora carioca fala algo mais concreto sobre o caso. Mas, o que de fato isso significa? Ainda que se possa acusar a postura tomada como errada, não há nada que comprove que foi essa postura responsável por ter levado Collor ao Palácio do Planalto. A discussão retornou a ser tema recorrente em conversas informais, e também objeto de análise para especialistas.
     O principal aspecto analisado desse fato é a época em que ocorreu. Em dias como os que vivemos, a maioria da população tem acesso a um grande número de informações. Em 1989, as coisas eram muito diferentes.
     O advento virtual que a internet proporciona ainda não fazia parte da vida das pessoas. A concorrência entre as redes de TV eram menores, e, sim, a Globo era detentora de um monopólio da informação bem maior do que acusam hoje.
     Isso acaba batendo em questões éticas e conceitos de imparcialidade no jornalismo. É também valido lembrar que a democracia como um todo era algo novo para todos, até mesmo para a televisão, e talvez não se soubesse como lidar com aquela novidade.
     Para o jornalista Emerson Cabral, de uma afiliada da TV Globo, a mídia vem tentando se aperfeiçoar e melhorar como instrumento político: “A Globo tem tomado um cuidado extremo na formulação das perguntas feitas aos candidatos, para que não pareça que algum candidato está sendo beneficiado ou que outro esteja sendo massacrado. Tem procurado fazer o mesmo nível de perguntas a todos os candidatos".
     Cabral também ressaltou que o papel da imprensa é informar, não sendo correto omitir nenhum fato. Essa é uma das acusações feitas a uma edição do Jornal Nacional, que ao fazer um resumo de um debate entre Collor e Lula, teria privilegiado os melhores momentos de Collor e os piores de Lula (vídeo). Mas não é relativo? (o que é exatamente um bom e um mau momento? Como se classifica ele?)
        Esse assunto ainda vai render muito. E é provável que não exista um consenso ao final. A lição que fica é que fatores externos são pontos fortes na decisão de que informação passar, e de como passar. Talvez pensar com a própria cabeça seja o mais adequado. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo completa 25 anos

Ândria Völz

        O Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg) completou 25 anos em novembro. Neste ano, a comunidade pelotense pôde apreciar várias exposições significativas. Um dos trabalhos foi a 8ª Bienal do Mercosul, com obras dos artistas Marcelo Mosqueta e Eugenio Dittborn, realizada entre julho e setembro.
        Outra mostra importante para o Museu foi a exposição de Iberê Camargo, intitulada “Linha de Partida”, que pôde ser admirada entre junho e julho. As obras vieram da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. “Arte no Porto” e “Camisa Brasileira”, ambas de Pelotas, são mostras que também merecem destaque.
        Para a chefe do Museu, Raquel Schwonke, o Malg está capacitado para receber obras de grande porte. “Hoje contamos com 16 funcionários, o que permite um grande horário de funcionamento. Além disso, temos monitoramento do ambiente, controle de luz, controle de umidade do ar e controle da poluição. E tudo isso é muito importante para receber obras de arte”, comentou. “E o melhor é poder propiciar essas exposições aos pelotenses, sem que precisem se deslocar para outras cidades”, completou Raquel.
        Atualmente, o acervo do Museu conta com 650 obras, entre pinturas, esculturas, gravuras e objetos, sendo que 120 são obras do patrono, Leopoldo Gotuzzo, que conta com uma sala de exposição própria. Além da Sala do Patrono, o Museu conta com mais duas salas de exposições: Luciana Araújo Renck Reis e Marina de Moraes Pires. Esta última teve sua coleção tratada e sistematizada pelo projeto Arquivo Fotográfico Histórico, de autoria da professora Francisca Michelon.
        Outro projeto que está sendo desenvolvido no Malg é a analise e a documentação da reserva técnica, para a preservação e conservação do acervo. Este trabalho está sendo realizado pela professora Nóris Leal, do curso de Museologia da Universidade Federal de Pelotas e por seus alunos da disciplina Práticas de Museu I.
        A Reserva Técnica do Malg foi transferida recentemente para o primeiro andar do prédio. A transferência foi um projeto da professora Francisca Michelon, em função da iluminação e da segurança das obras.
        Além da parceria com o curso de Museologia, o Malg também trabalha em conjunto com o mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural. Ambos realizam projetos de pesquisa, ensino e extensão com trabalhos de conservação preventiva, sistematização de acervos, organização de documentos e restauro de obras. Para Raquel, este é um momento privilegiado para o Museu. “O trabalho das professoras é muito importante para nós”, enfatizou.
        Na quarta-feira (30), foram comemorados os 25 anos do Malg, completados no dia 7 de novembro. Além da celebração, foi feita uma exposição sob um panorama amplo, com trabalhos de Leopoldo Gotuzzo. E também, nesta data, ocorreu a abertura da mostra “Art&fatos”, organizada por Clarice Rego Magalhães.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Inter e Nike fecham acordo, garante site

Empresa norte-americana já teria inclusive pago a multa recisória à Reebok

Ezekiel Dall'Bello

          O Internacional terá roupa nova em 2012. Pelo menos, é o que garante o site ''Final Sports''. Segundo informações, a empresa americana Nike já acertou com o clube gaúcho. A Nike teria inclusive resolvido a questão da multa recisória com a Reebok, atual fornecedora do Inter, que teve seu contrato rescindido.
          O acerto deve ser oficializado antes do final do ano, e extima-se que o primeiro modelo já seja lançado em janeiro de 2012. A Reebok fornecia material esportivo  para o Inter desde 2006, ano em que o clube conquistou sua primeira Taça Libertadores da América e o Mundial de Clubes. Antes, a fornecedora era a Topper.
          No Brasil, apenas o Corinthians é patrocinado pela Nike, além da Seleção Brasileira e a seleção de basquetebol. Fora do país, alguns dos principais clubes do mundo vestem Nike, como Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Arsenal, Porto e Manchester United. A empresa ainda fornece material para as seleções de França, Holanda, Portugal, Sérvia, Nova Zelândia, Estados Unidos, Eslovênia, Coreia do Sul e Austrália.