Esther Louro e Manuelle de Lima
Hoje em dia, o trabalho nos exige muito tempo. As inúmeras atividades cotidianas podam horas de convívio com os que amamos. Parar a rotina frenética parece algo impossível, e acaba tornando-se difícil prestigiarmos algo que realmente nos agrada e mexe conosco.
Entretanto, vivemos em um país onde o meio publicitário é muito rico e criativo. Enquanto contemplamos determinadas propagandas, podemos rir, refletir e até mesmo chorar, de forma que somos levados a um mundo divertido e leve.
Uma prática de publicidade que muito nos agrada é a forma positiva de apresentar um determinado produto ou serviço, utilizando-se de artifícios bem humorados, que valorizam a simplicidade. Destacaremos, a seguir, exemplos deste tipo de “campanhas”.
Dos anos 90 lembramos da propaganda da Faber Castell, que ao som do mestre Toquinho nos fez sonhar ao vermos as cores formando desenhos pelo céu. Difícil de esquecer também foram os mamíferos que a marca de leite Parmalat apresentou em 30 segundos, no ano de 1996. Um tipo de anúncio publicitário que além de chamar a atenção para a empresa, fez com que pessoas de todas as idades parassem em frente à televisão, para rir e se divertir com crianças fantasiadas de diferentes animais.
Já da atualidade, podemos destacar alguns comerciais, como o da cerveja Heinecken, que mostra de uma forma bem humorada as diferenças de prioridades entre homens e mulheres. Outras campeãs de acessos no Youtube (site de vídeos) são as propagandas da cerveja Skol, inspirada no brega do cantor Beto Barbosa, a série de propagandas sinceras e realistas “Pode Ser” do refrigerante Pepsi e a mais recente delas, a da Coca-Cola, que ao contrário do que a maioria apresenta, celebridades não são o foco principal, mas imagens cotidianas, ao som de um coral de crianças cantando Whatever, conhecida música da banda Oasis, lançada há quase 20 anos, e que traz como chamada principal “Existem razões para acreditar - Os bons são maioria”. O sucesso da propaganda é provado pelos quase 4.000.000 de acessos que obteve na internet, até o momento.
O meio publicitário não trabalha somente para vender produtos ou serviços, mas para influenciar e conscientizar as pessoas de alguma forma. Um exemplo é a propaganda da Santa Casa de São Paulo, que com o intuito de aumentar os doadores de órgãos, veiculou imagens da relação de um cão com seu dono. O efeito foi satisfatório. Após três meses da divulgação do comercial, o número de doadores aumentou em 30%, e em apenas sete meses o número chegou a 60 doadores, o que representa quase a totalidade do ano anterior, que foram 62 doações.
É assim que os publicitários nos empolgam, nos fazem valorizar pequenas coisas, rir de verdades (e até de mentiras), possuindo o poder de transformar um simples intervalo na atração principal, propagando muito bem o produto que representam.