Pensamentos



"A sociedade que aceita qualquer jornalismo não merece jornalismo melhor." ALBERTO DINES


sábado, 7 de maio de 2011

O poder em 140 caracteres

    Carlos Fetter, Douglas Melo, Eduardo Reis,
Igor de Campos e Vinicius Silveira

             As emissoras de TV vêm utilizando cada vez mais a interatividade da Internet em sua programação. Com o intuito de atrair o público que tem algo a dizer sobre os assuntos debatidos e fazer com que ele tenha poder de opinião em relação ao que está sendo tratado, redes sociais como o Facebook e oTwitter estão servindo de ponte entre a produção dos programas e os telespectadores.
             O Twitter, com mais de 200 milhões de usuários, é a rede social mais usada para este propósito. Mais ágil do que o Facebook, por exemplo, o microblog permite que o público expresse sua opinião de forma mais curta e objetiva, devido à limitação de 140 caracteres.
             A maior questão a respeito de colher as opiniões por redes sociais é a de filtragem. Como não há tempo para divulgar todas as opiniões, apenas algumas são selecionadas. Mas então, como selecionar o que é publicável e o que não é?
             Na verdade, este não é um processo muito complicado. A maioria dos comentários não diz respeito ao assunto tratado e não vão ao ar. Acabam sendo selecionadas aquelas opiniões que trazem algum assunto para debate e elogios ao programa, que são repassadas aos espectadores por decisão do comunicador. Apesar disso, comentários bem pensados e feitos com o objetivo de ajudar na discussão sempre acabam tendo sua importância no decorrer do programa. Frequentemente são sugeridos tópicos que, por vezes, acabam sendo esquecidos pelos comunicadores e que dão a noção do assunto que o espectador realmente tem curiosidade. Isso traz mais dinamismo para o debate e até mais alguns pontos na audiência.
            Quando questionados sobre a utilização do Twitter em programas, expondo suas opiniões, os usuários foram favoráveis ao modo como é usado a rede social. O usuário @guibecks diz que “é uma ótima ferramenta de trabalho pra esses casos, se for com imagens melhor ainda, como o Twitpic - com fotos tiradas durante o jogo - e a Twitcam - com imagens da torcida durante a partida”. Já @lucas_mule prefere dar ênfase na velocidade da rede, ao afirmar que “seu uso é válido, afinal o Twitter é uma ferramenta de comunicação com bastante alcance e agilidade, é quase que instantâneo”. @MayaFernandes deu enfoque na área esportiva: “Acho isso bom, deixa os programas dinâmicos, assim os jornalistas esportivos ficam sabendo simultaneamente à opinião do público”.
             Além de ser um diferencial de interação entre o telespectador e a programação, o Twitter também é usado como fonte para os jornalistas. Diversas vezes, comentários de famosos, principalmente de jogadores de futebol, causam algum impacto. Entretanto, nem sempre os perfis são verdadeiros. Perseguições, brigas e conflitos surgem por diversas ocasiões entre personalidades e jornalistas, o que acaba se tornando notícia em outras mídias.  
             As redes sociais da Internet têm poder para substituir os serviços telefônicos (ligações e mensagens de texto) como ferramenta de interação. Além de uma apuração mais rápida e direta de opiniões, essas redes não exigem taxas ou impostos de participação, como acontece com mensagens SMS, por exemplo.

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