Marcela Lorea e Mônica Bandeira
Depois de vários anos
sem reformas, o Mercado
Público de Pelotas está em obras. Contudo, elas começaram em 2009 e até
agora não estão concluídas. Muitos são os problemas que atrasam este processo,
como os comerciantes deslocados, as incertezas quanto ao futuro e paralisação
da reconstrução.
O Superintendente de Cultura de Pelotas, Mogar Xavier, relatou que o mercado já passou por inúmeras melhorias, mas que atualmente está apenas em restauração. “Vamos devolver a originalidade do interior do prédio, no volume externo também [...]. Ele vai ter no seu interior e também na estrutura metálica uma reforma que respeite a originalidade do projeto, e com isso nós certamente teremos um ‘mix comercial’ no mercado, que nos dê atividades compatíveis com suas peculiaridades”, completou.
O Superintendente de Cultura de Pelotas, Mogar Xavier, relatou que o mercado já passou por inúmeras melhorias, mas que atualmente está apenas em restauração. “Vamos devolver a originalidade do interior do prédio, no volume externo também [...]. Ele vai ter no seu interior e também na estrutura metálica uma reforma que respeite a originalidade do projeto, e com isso nós certamente teremos um ‘mix comercial’ no mercado, que nos dê atividades compatíveis com suas peculiaridades”, completou.
Ao ser questionado
sobre a paralisação das obras, Mogar afirmou que elas não estão paradas, mas
sim em um ritmo mais lento, devido ao atraso no pagamento do empresário
responsável. Ainda ressaltou que a Prefeitura Municipal de Pelotas está fazendo
a obra com ajuda do Programa
Monumenta do Governo Federal, no qual 30% dos recursos são da prefeitura e
70% do Ministério da Cultura e do
BID.
Desta forma, o pagamento que falta é o do Governo Federal, cerca de 600 mil
reais.
Na semana anterior
às declarações do superintendente, a senhora Celi Dias, há 22 anos na Peixaria
Frutos do Mar, confirmou que a obra começou no ano retrasado e que até agora
espera por informações da mesma. Ela gostaria que houvesse uma maior divulgação
da história de tal patrimônio, pela sua importância à cidade. Além disso, diz
que as bancas internas foram retiradas e colocadas na parte exterior, num
primeiro instante. Em seguida, foram para outro local, ficando no Mercado somente
as de frutos do mar. As de produtos secos encontram-se ao lado da Biblioteca
Pública, na travessa Conde de Piratini. Já as de comércio molhado estão
instaladas no Shopping Praça Quinze.
A comerciante Isabel Vidal esperava há muito
tempo por essa reforma. Ela contou que a maioria das bancas, seja da parte
interna ou externa, está alojada na travessa desde outubro de 2010, e que a
prefeitura aluga tal espaço. Explica, também, que as vendas caíram devido ao
preconceito com a estrutura e à desinformação no que diz respeito à mudança de
local.
A maioria dos
comerciantes não possui expectativa quanto ao retorno de suas barracas. No
início da obra, eles foram avisados que não era certo a volta de todos. O
superintendente Xavier ainda afirmou que a prefeitura possui outro projeto
paralelo, que é a construção do Shopping Popular, que vai se localizar no
espaço do atual Camelódromo. Ao final da obra do Mercado, haverá uma licitação
para o preenchimento das bancas.
Mogar completou
dizendo que “a proposta da prefeitura de construir um shopping popular é para
levar todos os ambulantes. Os que não couberem, que não passarem pelo crivo da
licitação e não conquistarem um lugar no Mercado após a restauração, terão seu
espaço lá no shopping popular”. Com isso, deixou claro que até mesmo as bancas
mais antigas não terão garantia de permanência, já que não há herança no setor
público.
A única certeza é
de que o Mercado voltou às obras e está a espera dos pagamentos atrasados do
Governo Federal. “Aquele que tiver competência, aquele que tiver comércio
adequado para ser explorado naquele espaço vai poder disputá-lo, não vai haver
entrega [...] é a oportunidade de colocar ordem no mercado”, finalizou Mogar
Xavier.
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