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quinta-feira, 19 de maio de 2011

A realidade do sonho

Antoniela Rodriguez, Elana Mazon e Maria da Graça Siqueira

        Há muito tempo se fala na Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Desde que nosso país se candidatou, em 2006, até a escolha da FIFA, em 2007, se discute sobre a estrutura necessária para um evento dessa magnitude. Faltando três anos para o tão sonhado torneio, há mais promessas do que ações concretas.
       Em março deste ano, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, se mostrou preocupado, ao afirmar que existe a possiblidade do país não estar pronto a tempo. A começar pelos aeroportos, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa EconômicaAplicada (Ipea), nove dos 13 aeroportos previstos para o evento não terão as obras concluídas a tempo. E mesmo que finalizadas, as reformas não atenderiam a demanda, tendo em vista o crescimento estimado do público, que hoje se utiliza deste tipo de transporte.
      Após a divulgação desse estudo, o governo lançou o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2012, na qual tenta diminuir o poder de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU). Além disso, pretende incluir, em uma medida provisória, o regime especial de licitações para obras que tenham relação com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o que significa maior flexibilidade nas regras para tocar esses projetos.


                                                                                                   Crédito: Seobras/Divulgação
   
        O povo brasileiro deve estar ciente de que, para realizar o sonho de sediar novamente uma Copa do Mundo, haverá a necessidade de abrir mão de uma fiscalização mais rigorosa. A consequência disso é a maior possibilidade de corrupção e desperdício de dinheiro público.
         Doze cidades-sede preparam seus estádios para receber os jogos. São elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal. Os trabalhos envolvem a reforma para adequação dos equipamentos ao padrão FIFA e a construção de novas arenas.
          A cidade mais atrasada em relação aos estádios é São Paulo (SP) que, após o veto do Morumbi, surgiram especulações dela não sediar mais a copa. Foi escolhido então, o estádio do Corinthians, em Itaquera. Questões burocráticas ainda dificultam o início das obras, e a cidade já está fora da copa das Confederações, que acontece um ano antes. Lembrando que SP é candidata a sediar a abertura do evento. Já a cidade do Rio de Janeiro (RJ) está com suas obras em andamento no Maracanã. É o estádio mais caro, com um custo de aproximadamente R$ 1 bilhão. Para cumprir com o cronograma previsto, RJ aumentou o número de funcionários. O estádio carioca servirá de palco para a final da Copa de 2014.

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