Pensamentos



"A sociedade que aceita qualquer jornalismo não merece jornalismo melhor." ALBERTO DINES


domingo, 22 de maio de 2011

Apresentadora da RBS fala a estudantes

Ezekiel Dall'Bello

         No dia 6 de maio, realizou-se na sala 15 do Campus Porto da Universidade Federal de Pelotas, palestra com a jornalista Cristiane Silva, do Grupo RBS. Lá, estavam presentes, além da palestrante, alunos do 3º semestre de Jornalismo da universidade e o coordenador do curso, Ricardo Fiegenbaum.


Palestrante Cristiane Silva foto de Giorgio Guedin
       Depois de ser comunicadora da Rádio Atlântida em Rio Grande, apresentadora e repórter da RBS TV Rio Grande, apresentadora do Jornal da Meia Noite na TVCOM e apresentadora do tempo nos telejornais da RBS TV, Cristiane atualmente faz parte da equipe de esportes da RBS e da TVCOM. Naquela noite de sexta-feira, ela procurou falar aos estudantes um pouco sobre sua profissão e a vida de um jornalista.
       Mais uma conversa do que uma palestra propriamente dita, a jornalista iniciou logo falando que a Rede Globo é a empresa Globo, ela vende basicamente a informação. A questão comercial pode determinar se certo fato vira ou não notícia. E o modelo Globo de se fazer jornalismo é o modelo que a RBS pretende seguir.
      Contudo, para Cristiane, cada um tem seu estilo de fazer jornalismo. O estilo que ela considera ter é um mais informal e alegre. Em chamadas ao vivo, por exemplo, diz ser essencial – para ela - passar a informação como se fosse um diálogo com o telespectador, e não simplesmente repassar aquele texto decorado. O repórter chega a até mesmo ser escolhido para determinadas matérias e reportagens dependendo do seu perfil. Ela chega a classificar o jornalista Tiago Leifert como o “bam-bam-bam” da Globo atualmente, o “pote de ouro”. Seu jornalismo é como se estivesse falando na porta de nossa casa.
       Mas a jornalista alerta que não podemos esquecer de seguir alguns conceitos básicos. Todos profissionais devem responder as perguntas básicas: que, quando, quem, onde, por que, como etc... mas o jeito de passar, de responder isso, depende de cada um.
       Acerca da produção da notícia, comentou que o factual é a coisa do momento, do agora. Já o não-factual é algo já programado, que já se sabe que vai acontecer. E todos jornais têm reunião de pauta para definir o que será produzido. Antes de se fazer qualquer matéria e/ou reportagem, deve-se dar atenção a quem ela remete, que tipo de público, além de estudar o acontecimento no sentido de classificá-lo como factual ou não-factual.
       Para ela, não interessa se a faculdade ou a empresa, não tem estrutura. “A estrutura é o próprio estudante, o próprio jornalista”. Explica que o fotógrafo, por exemplo, tem de saber que a pessoa vai olhar a foto e interpretar aquilo. A genialidade de um fotojornalista anda em consonância à capacidade de apresentar em uma imagem o máximo de informação possível. Mas vale lembrar que “equipamento não faz a diferença; vontade faz”.


Cristiane Silva com os estudantes do 3º semestre de jornalismo da UFPel foto de Giorgio Guedin

  Durante todo momento, ela mesclou conceitos com muitas histórias e experiências vividas em sua carreira, deixando a “conversa” cada vez mais envolvente. Ao passo das perguntas e questionamentos dos alunos, Silva respondia contando uma história e, ao mesmo tempo, apresentando quesitos éticos e técnicos dos fazeres e afazeres jornalísticos.

      No término da palestra, totalmente informal e muito elogiada pelos estudantes presentes, a apresentadora finalizou dizendo que “o jornalismo é sem sombra de dúvidas uma das profissões que mais se aprende”. Por fim, deixou seu contato para a plateia e agradeceu a compreensão e participação de todos.


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