Ezekiel Dall'Bello
No dia 6 de maio,
realizou-se na sala 15 do Campus Porto da Universidade Federal de Pelotas,
palestra com a jornalista Cristiane Silva, do Grupo RBS. Lá, estavam presentes,
além da palestrante, alunos do 3º semestre de Jornalismo da universidade e o
coordenador do curso, Ricardo Fiegenbaum.
Palestrante Cristiane Silva foto de Giorgio Guedin |
Depois de ser comunicadora da Rádio
Atlântida em Rio Grande, apresentadora e repórter da RBS TV Rio Grande,
apresentadora do Jornal da Meia Noite na TVCOM e apresentadora do tempo nos
telejornais da RBS TV, Cristiane atualmente faz parte da equipe de esportes da
RBS e da TVCOM. Naquela noite de sexta-feira, ela procurou falar aos estudantes
um pouco sobre sua profissão e a vida de um jornalista.
Mais uma conversa do que uma palestra
propriamente dita, a jornalista iniciou logo falando que a Rede Globo é a
empresa Globo, ela vende basicamente a informação. A questão comercial pode
determinar se certo fato vira ou não notícia. E o modelo Globo de se fazer
jornalismo é o modelo que a RBS pretende seguir.
Contudo, para Cristiane, cada um tem seu
estilo de fazer jornalismo. O estilo que ela considera ter é um mais informal e
alegre. Em chamadas ao vivo, por exemplo, diz ser essencial – para ela - passar
a informação como se fosse um diálogo com o telespectador, e não simplesmente
repassar aquele texto decorado. O repórter chega a até mesmo ser escolhido para
determinadas matérias e reportagens dependendo do seu perfil. Ela chega a
classificar o jornalista Tiago Leifert como o “bam-bam-bam” da Globo atualmente,
o “pote de ouro”. Seu jornalismo é como se estivesse falando na porta de nossa
casa.
Mas a jornalista alerta que não podemos
esquecer de seguir alguns conceitos básicos. Todos profissionais devem
responder as perguntas básicas: que, quando, quem, onde, por que, como etc...
mas o jeito de passar, de responder isso, depende de cada um.
Acerca da produção da notícia, comentou
que o factual é a coisa do momento, do agora. Já o não-factual é algo já
programado, que já se sabe que vai acontecer. E todos jornais têm reunião de
pauta para definir o que será produzido. Antes de se fazer qualquer matéria
e/ou reportagem, deve-se dar atenção a quem ela remete, que tipo de público,
além de estudar o acontecimento no sentido de classificá-lo como factual ou
não-factual.
Para ela, não interessa se a faculdade
ou a empresa, não tem estrutura. “A estrutura é o próprio estudante, o próprio
jornalista”. Explica que o fotógrafo, por exemplo, tem de saber que a pessoa
vai olhar a foto e interpretar aquilo. A genialidade de um fotojornalista anda
em consonância à capacidade de apresentar em uma imagem o máximo de informação
possível. Mas vale lembrar que “equipamento não faz a diferença; vontade faz”.
Cristiane Silva com os estudantes do 3º semestre de jornalismo da UFPel foto de Giorgio Guedin |
Durante todo momento, ela mesclou conceitos
com muitas histórias e experiências vividas em sua carreira, deixando a
“conversa” cada vez mais envolvente. Ao passo das perguntas e questionamentos
dos alunos, Silva respondia contando uma história e, ao mesmo tempo,
apresentando quesitos éticos e técnicos dos fazeres e afazeres jornalísticos.
No término da palestra, totalmente
informal e muito elogiada pelos estudantes presentes, a apresentadora finalizou
dizendo que “o jornalismo é sem sombra de dúvidas uma das profissões que mais
se aprende”. Por fim, deixou seu contato para a plateia e agradeceu a
compreensão e participação de todos.
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