Antoniela Rodriguez, Elana Mazon e Maria da Graça Siqueira
Há muito tempo se
fala na Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Desde que nosso país se candidatou, em
2006, até a escolha da FIFA, em 2007, se discute sobre a estrutura necessária
para um evento dessa magnitude. Faltando três anos para o tão sonhado torneio,
há mais promessas do que ações concretas.
Em março deste ano, o
presidente da FIFA, Joseph Blatter, se mostrou preocupado, ao afirmar que
existe a possiblidade do país não estar pronto a tempo. A começar pelos
aeroportos, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa EconômicaAplicada (Ipea), nove dos 13 aeroportos previstos para o evento não terão as
obras concluídas a tempo. E mesmo que finalizadas, as reformas não atenderiam a
demanda, tendo em vista o crescimento estimado do público, que hoje se utiliza
deste tipo de transporte.
Após a divulgação
desse estudo, o governo lançou o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias
para 2012, na qual tenta diminuir o poder de fiscalização do Tribunal de Contas
da União (TCU). Além disso, pretende incluir, em uma medida provisória, o
regime especial de licitações para obras que tenham relação com a Copa de 2014
e as Olimpíadas de 2016, o que significa maior flexibilidade nas regras
para tocar esses projetos.
Crédito:
Seobras/Divulgação
O povo brasileiro deve estar ciente de que, para realizar o sonho de
sediar novamente uma Copa do Mundo, haverá a necessidade de abrir mão de uma
fiscalização mais rigorosa. A consequência disso é a maior possibilidade de
corrupção e desperdício de dinheiro público.
Doze cidades-sede preparam seus estádios
para receber os jogos. São elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto
Alegre, Curitiba, Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e
Natal. Os trabalhos envolvem a reforma
para adequação dos equipamentos ao padrão FIFA e a construção de novas arenas.
A cidade mais atrasada em relação aos estádios é São Paulo (SP) que, após
o veto do Morumbi, surgiram especulações dela não sediar mais a copa. Foi
escolhido então, o estádio do Corinthians, em Itaquera. Questões burocráticas ainda
dificultam o início das obras, e a cidade já está fora da copa das
Confederações, que acontece um ano antes. Lembrando que SP é candidata a sediar
a abertura do evento. Já a cidade do Rio de Janeiro (RJ) está com suas obras em
andamento no Maracanã. É o estádio mais caro, com um custo de
aproximadamente R$ 1 bilhão. Para cumprir com o cronograma previsto, RJ
aumentou o número de funcionários. O estádio carioca servirá de palco para a final
da Copa de 2014.
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