Maria da Graça Siqueira
A primeira noite do Segundo Seminário de
Jornalismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), ocorrido nesta
quarta-feira (23) no auditório do Colégio Gonzaga, contou com a participação
total de acadêmicos, professores e representantes da imprensa local.
Os palestrantes, jornalista Artur Rocha,
editor-chefe da RBSTV Pelotas, o jornalista Hélio Freitag, diretor do Jornal
Diário da Manhã e o diretor geral da TV Pampa, Alexandre Gadret, foram saudados pela
professora Geane Matiello e pelo coordenador do curso, professor Ricardo Z. Fiegenbaum.
Além dos palestrantes, se fez presente o vice-reitor da UFPEL, professor Manoel
Luis Brenner de Moraes.
O primeiro palestrante foi Artur Rocha,
que falou sobre o respeito existente no meio jornalístico, entre empregado e
empregador. Em tempo, ainda afirmou que não existe isenção, que jornalistas são
envolvidos sim, e que as exigências ao novo profissional são de que avance
mais, que não se contente apenas com a internet, que vá além. Segundo ele,
jornalistas são produtores de conteúdo e, para o jornalismo, há um mercado
fantástico.
Hélio Freitag recordou do período em que
foi empregado e teve que responder judicialmente às ações de dano moral, sem
respaldo do empregador, da luta por estágio remunerado aos acadêmicos e do
início do Diário da Manhã, que trouxe à Pelotas a circulação de jornais às
segundas-feiras. Destacou que as emissoras de rádio ainda usam as notícias dos
jornais nos programas matinais, deixando de empregar repórteres que tragam a
notícia do momento.
Ele também tranquilizou os acadêmicos
informando que nunca se consumiu tanto papel jornal como no último ano, e que
esse é o momento de valorização do jornalista. “A imprensa é a voz do povo, e o
jornal não pede licença, vai a qualquer lugar. Na mesa de sua empresa não há
listas de firmas que não possam ser citadas.” Por fim, prometeu estágios aos
estudantes de jornalismo da UFPEL, sendo amplamente aplaudido.
O último palestrante, Alexandre Gadret, fez
questão de salientar que devemos escolher o empregador mais sério e que o
veículo é a credibilidade dos jornalistas que possui. Também disse que o
trabalho de jornalista nunca foi tão valorizado, e que a formação acadêmica é
sempre exigida em um veículo sério. Conforme Alexandre, é de responsabilidade
do jornalista se certificar do que escreve ou diz, e o mercado de trabalho está
à espera de quem tem fácil acesso às informações, quem transita nas novas
plataformas, sabe de tudo um pouco, mas que, principalmente, saiba escrever
textos. O mercado de trabalho dá oportunidade para os aptos, e um não vive sem
o outro.
Foi aberto, então, o tempo para
perguntas, e todas as respostas superaram as expectativas. Os palestrantes se despediram,
individualmente, e gentilmente, posaram para fotos com os acadêmicos e
professores.
Agora é aguardar pelo último dia do
seminário que apresentará as jornalistas Helen Braun, da Rádio Guaíba do Grupo Record de Porto Alegre,
a jornalista Rosane Tremea, do Jornal Zero Hora e Grupo RBS e o jornalista
José Maria Nunes, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio
Grande do Sul.
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