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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mercado Público

O valioso e inacabado patrimônio de Pelotas

Antoniela Rodriguez, Marcela Lorea, Mônica Bandeira e Pâmela Mendes

O Mercado Público de Pelotas foi construído no ano de 1848, sendo um dos mais antigos do Rio Grande do Sul. Com um estilo neoclássico, o edifício passou por diversas reformas que mudaram a arquitetura original.
O Mercado sempre foi propriedade da Prefeitura de Pelotas, como nos informou o Superintendente de Cultura Mogar Xavier. No ano de 1912, em virtude do primeiro centenário da cidade, o prédio passou por uma reforma, mudando sua característica arquitetônica para Art Nouveau. Neste período foi importada da Europa a estrutura metálica presente no seu interior e a Torre do Relógio de Hamburgo, na Alemanha.
Somente em 1969 houve uma segunda reforma, devido a um incêndio. Causado por um curto circuito, parte do prédio foi destruído, rompeu-se a estrutura metálica e os vitrais foram arruinados. Nesta época, a Prefeitura estava passando por problemas financeiros. Com isso, a obra não restaurou a estrutura danificada pelo fogo, além de ter diminuído o espaço de circulação e aumentado o número de bancas. Com o tempo, o Mercado foi perdendo sua singularidade.
A partir de 2009, iniciou a reforma de restauração do Mercado Público com o intuito de “Devolver a originalidade do interior do prédio do mercado”, como Mogar Xavier declarou.  A Prefeitura e o Governo Federal, através do Programa Monumenta, entraram com recursos para a restauração. A ideia principal do projeto é refazer o modelo inicial, construído em 1848, além de implantar bancas que condizam com as atividades compatíveis do mercado.
Atualmente, a obra ainda não foi concluída e está sem prazo de término. Os locatários da área interna foram transferidos para um local provisório ao lado da Bibliotheca Pública, na travessa Conde de Piratini. Enquanto as obras são realizadas, alguns ocupam o primeiro andar do Shopping Praça XV, um edifício inacabado no centro da cidade. As peixarias são as únicas que permanecem com as bancas no Mercado Central.
      A Prefeitura ainda possui para o momento um processo seletivo que definirá quem vai ocupar as novas bancas. Sem saber do andamento da reforma e com o medo de perder o ponto após a reformulação do mercado, os comerciantes não comentam o assunto e apenas continuam suas atividades nos locais cedidos. Segundo fontes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda não existe definição de prazo porque o orçamento de 2011 não foi liberado. E Mogar Xavier afirma que os recursos da Prefeitura já foram esgotados e o que falta é apenas do Governo Federal.

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