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domingo, 30 de outubro de 2011

200 anos de Pelotas


 Elana Mazon, Esther Louro, Manuelle de Lima, Marcela Lorea,
Maria da Graça Siqueira e Mônica Bandeira

Faltando pouco mais de 200 dias para a comemoração do bicentenário de Pelotas, tanto a prefeitura quanto outras instituições trabalham para que esta data fique marcada não só na história da cidade e de sua população, mas também na história do Estado. Pelo fato de Pelotas ser a 3º cidade mais populosa do Rio Grande do Sul e ter conquistado visibilidade nacional por sua tradição doceira, a responsabilidade de celebrar o dia 7 de julho de 2012, quando completará 200 anos, torna-se ainda maior.
Para este evento, serão disponibilizados R$ 300 mil, graças a uma Emenda Parlamentar de autoria da deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB). Segundo ela, em declaração ao clicRBS,“contar a história dos 200 anos de Pelotas é contar a história do Estado e de toda sua trajetória de desenvolvimento”.

O trabalho das comissões

O projeto “200 Anos de Pelotas” está ligado à Prefeitura, e tem como coordenador geral o vice-prefeito Fabrício Tavares, que conta com a colaboração da sua chefe de gabinete Michele Lima e de mais três assessores. Segundo o site da Prefeitura Municipal de Pelotas, ele se diz satisfeito pelo engajamento e interesse da comunidade em envolver-se nesse projeto que definiu as atividades sociais, culturais e esportivas que já estão sendo executadas desde 7 de julho deste ano.
Relógio em frente à Prefeitura
Junto aos festejos dos 199 anos, foi inaugurado o relógio que faz a contagem regressiva para o bicentenário, instalado em frente ao prédio da Prefeitura. No decorrer do ano outros projetos serão realizados, como a 1º edição do Baile Municipal de Debutantes da Periferia de Pelotas, que contemplará 30 jovens com vestido, cabelo, maquiagem e anel. A organização de eventos como o Encontro de Arte e Tradição (ENART), Expofeira e Moda Pelotas, todos já previstos no calendário anual da cidade, este ano tiveram apoio especial e em diferentes áreas por parte do projeto.

Já a “Comissão UFPel 200 anos” foi constituída no final de maio e é coordenada pelo chefe de imprensa da Universidade Federal de Pelotas, o jornalista Clayton Rocha. A comissão conta com 41 membros que serão responsáveis pela programação de atividades artísticas, culturais e científicas. Segundo Rocha, “estes membros foram escolhidos pela notoriedade e o alto espírito comunitário que possuem”.
Entre os eventos programados pela comissão da UFPel, destaca-se a elaboração de um mapa com as cidades co-irmãs de Pelotas, contando suas histórias e o porquê da irmandade, com conclusão prevista para dezembro deste ano. Também haverá uma benção ecumênica do Arcebispo Dom Jacinto Bergmann às margens do São Gonçalo (foto) e o lançamento do livro “Os 200 Grandes do Bi-Centenário”, que será escrito por Clayton Rocha e pelo poeta Mário Osório Magalhães, com o aval das duas comissões. A programação ainda não está fechada podendo ser agregadas novas atividades. 

A opinião da população pelotense

        Mesmo diante de toda mobilização das duas comissões para que a data seja comemorada em grande estilo, a população, em sua maioria, não se sente engajada nesse processo de construção e no resultado que ele gerará. A dona de casa Maria Mendonça diz que sequer sabia que Pelotas estava prestes a comemorar seus 200 anos.
        Já a estudante Paula Krauze, de 16 anos, ficou sabendo da comemoração através da faixa colocada em frente à escola em que estuda, onde professores protestavam contra os salários recebidos fazendo referência à comemoração. Em sua opinião, “as programações que serão feitas servirão de status para a cidade. Nós precisamos de hospitais e tantas outras coisas, mas estão trocando as prioridades da população”.
        Já o vendedor Luiz Eduardo Silva ficou sabendo dos 200 anos devido à movimentação no dia da inauguração do relógio, já que trabalha nas redondezas da Praça onde ele foi instalado. O vendedor acha interessante todo o trabalho que será feito desde que a população local seja beneficiada de alguma forma com a notoriedade da data.
E é isso que espera grande parte dos cidadãos pelotenses, que além de comemorações e grandes eventos, os 200 anos da terra do doce sirvam para trazer avanços em vários aspectos, como a saúde, educação, segurança pública, mais empregos, enfim, uma vida digna de moradores da cidade conhecida como Princesa do Sul.


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