Sexo, drogas, rock’n roll e crítica social marcam uma era do cinema
americano
Alex Pires e Pedro Henrique Diemer
A
década de 1970 começou de forma atribulada. Havia uma crise do petróleo, que de
certa forma acabava, direta ou indiretamente, afetando a todos. O declínio
econômico comprometia a várias áreas, inclusive o cinema.
As
salas de projeção já não lotavam mais, e percebeu-se que era necessário um novo
rumo. Talvez por esse momento, a nova geração que surgia na sétima arte optou
por obras pintadas em tintas mais realistas, procurando expor os lados mais
obscuros da sociedade.
Essa
tendência iniciou no final dos anos 60, quando os assaltantes Bonny e Clide
viram personagens de um filme e “Perdidos na Noite” mostra um cowboy que vai
para a cidade grande e acaba tendo que se prostituir.
Mas
é com “MASH”, do criativo Robert Altman, que, de fato, um novo rumo é tomado. O
filme causou polêmica com as forças armadas, que se sentiram ofendidas, já que ele
tratava a guerra da Coréia de forma irônica e debochada ao expor um grupo de
médicos irreverentes durante o conflito na Ásia. Esse era o primeiro sinal
claro de que o que viria era a utilização da arte como uma crítica ao que
estava sendo vivenciado.
Stanley
Kubrick foi o responsável por criticar a violência na sociedade. “Laranja
Mecânica” traz como seu protagonista Alex, jovem que junto com os amigos comete
diversas atrocidades, incluindo um estupro, como forma de divertimento.
Após
ser preso, é submetido a um tratamento do qual sai curado da sua sede por
violência. A crítica consiste no fato de que, mesmo com Alex curado, o rastro
de horror deixado afetou outras pessoas, e isso acabou gerando outros atos tão
terríveis quanto os realizados pelo jovem.
A
mensagem é clara: não basta apenas curar um indivíduo, quando a sociedade toda
está doente. É o lado marginal da sociedade americana, que na década de 70 é
explorado como nunca.
Martin
Scorcese usa de uma crueldade rara, e faz do motorista de “Taxi Driver” uma
figura tão assustadora quanto fascinante.
Nos
subúrbios de Nova York, nas inúmeras noites de insônia que o levam a trabalhar
como taxista, ele presencia o que poderia existir de mais sórdido, não apenas
na maior cidade do mundo, como na natureza humana, drogas, armas e meninas que
acabaram de entrar na adolescência, mas já vendem o próprio corpo. O filme
consagrou, além do diretor, o ator Robert de Niro.
Sidney
Lummet, nesse mesmo ano, narrou em tempo real um assalto a banco em “Um dia de
Cão”. O motivo: o idealizador do plano precisava do dinheiro para a cirurgia de
mudança de sexo do seu parceiro (os homossexuais também eram marginalizados
pela sociedade).
Porém,
é importante ressaltar a exploração da natureza humana em críticas aos
poderosos. A política e as grandes corporações não foram poupadas. Se em “Taxi
Driver”, o lado obscuro eram as ruas sujas e escondidas de Nova York, Em “O
Poderosos Chefão” são os mafiosos, com bons carros e ternos alinhados que
mandam e desmandam e progridem na vida através de negócios ilícitos.
Watargate
não escapa das câmeras e o livro dos jornalistas que investigaram o caso é
transformado em obra cinematográfica. Esse caso é especial, pois, mais que a
importância dentro da indústria de filmes, é consenso entre os jornalistas que
“Todos os homens do presidente” é uma aula para os que desejam enveredar por
essa área, porque continua muito atual.
“Constantemente recebo cartas de professores que mostram o filme a seus alunos e são eles os que podem traçar paralelismos entre o passado e o presente”, declarou Robert Redford em entrevista para o DVD do filme (o ator interpretou um dos jornalistas).
Ainda vivia a crítica ácida nos meios de comunicação, quando
“Rede de Intrigas” mostra os bastidores de uma emissora de televisão, onde a
audiência é buscada a qualquer preço.
O fenômeno que se viu e vivenciou na década de 1970,
infelizmente não voltou a se repetir. Talvez o principal motivo dessa mudança
foi que aquela geração vinha com uma sede de verdade, um lado provocativo, uma
vontade de tirar a sujeira debaixo do tapete e jogá-la no ventilador.
Procuravam ser mais independentes, ainda que George Lucas e Steven Spielberg,
mesmo sendo os típicos contratados de estúdios, tenham dado sua contribuição
com “Tubarão” e “Star Wars”. Deu certo.
A crise continuava, mas filmes como “O Exorcista” lotaram os
cinemas. Aparentemente, aqueles idealistas podem ser apontados como salvadores
de uma indústria. E o que fica, antes de qualquer coisa, é o prazer que se
voltou a ter, com força total, no cinema e a crença nas próprias convicções que
aqueles expoentes propunham.
MGM Grand Casino and Hotel | MapyRO
ResponderExcluirFind MGM Grand Casino and 수원 출장마사지 Hotel location 경기도 출장안마 map and reviews. MGM Grand Casino and Hotel 대전광역 출장마사지 is in Las Vegas and offers its guests 충청북도 출장샵 the 전라남도 출장안마 ultimate in fun!