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domingo, 30 de outubro de 2011

As grandes deusas da arte

Bonitas e com algum talento, belas mulheres sempre foram um bom chamariz no cinema

Alex Pires e Pedro Henrique Diemer

       Sensuais como poucas conseguiram, capazes de hipnotizar e povoar o imaginário de amantes do cinema ou de qualquer outro homem. Determinadas atrizes conseguiram se tornar estrelas definitivas graças aos seus corpos esculturais. A história das musas se confunde com a própria história da sétima arte.
        Foi no começo do século passado que surgia um desses primeiros ícones femininos. Greta Garbo possuía um tom de mistério, uma beleza marcante e era dona de um visual considerado masculinizado para a época, mas que se tornou moda. A atriz, indicada três vezes ao Oscar, tinha plena consciência do que despertava nas pessoas, como ficou claro em uma entrevista que concedeu em 1990, após anos de um exílio artístico imposto por ela mesma.


“Sou o que o adolescente jamais encontrará, o que o velho procurou em vão durante meio século, o que a mulher desejava ter para segurar quem a deixou. Compreendem, então, por que me escondo? Não quero que os sonhos acabem.”


        Devido ao enclausuramento, Garbo sai de cena, mas tantas outras surgem nos anos seguintes. Ingrid Bergman, Katherine Hepburn, Elizabeth Taylor, Faye Dunaway, Jane Fonda, Claudia Cardinale, citando apenas algumas. Porém, é impossível entrar nesse assunto sem lembrar de Marilyn Monroe, talvez o maior sexy simbol que a indústria cinematográfica teve.
        A imagem da moça de cabelos loiros e um vestido esvoaçante marcou para sempre a vida de Marilyn. Seu talento pode até ter sido questionado por algumas pessoas (o diretor Otto Preminger disse que dirigir Monroe era como dirigir a cadela Lassie), mas jamais contestaram o seu irresistível charme. Sua passagem pela vida foi rápida (Marilyn Monroe morreu aos 36 anos), mas seu brilho, ao que parece, é eterno. 


 
        Mas, o que exatamente transforma certas mulheres nos mitos que são? Um dos principais motivos é, em sua maioria, que todas eram pessoas à frente de seu tempo. Katherine Hepburn é considerada um símbolo feminista, falava o que lhe vinha à cabeça e era adepta do uso de calças. Já a atriz Jane Fonda possuía opiniões políticas bem formadas, sempre declarando ser contra a guerra do Vietnam. Além de tudo, eram provocativas, gostavam de ir contra as convenções. A própria Marilyn Monroe, quando questionada sobre o que usava para dormir, respondeu sem pensar: “apenas duas gotinhas de Chanel nº 5”.
        Outro mito foi Grace Kelly. Sempre eleita entre as mais bem vestidas, os inúmeros casos com parceiros de cena ficaram famosos, e o ápice se deu quando passou a ser a princesa de Mônaco. Bette Davis, duas vezes vencedora dos prêmios da academia, era conhecida por expressar de forma ácida seus pensamentos:

“Se um homem dá sua opinião, ele é um homem. Se uma mulher dá sua opinião, ela é uma vadia.”
        Funcionava, e Davis foi tema até de canção. 


        Nos dias atuais, parece que já existe uma herdeira de todas essas divas. Charlize Theron é considerada linda, tem corpo perfeito, cabelos loiros. Firmou seu nome com os grandes estúdios e foi agraciada com um Oscar. Pode não ser a mais talentosa de sua geração, mas é a que possui o perfil mais adequado e semelhante ao de suas precursoras. E é provável que sempre existam casos assim.
      Digam o que quiserem, mas são pessoas assim que iluminam ainda mais as telas dos cinemas. Elas são estrelas necessárias.

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