Bonitas e com algum
talento, belas mulheres sempre foram um bom chamariz no cinema
Alex Pires e Pedro Henrique Diemer
Sensuais
como poucas conseguiram, capazes de hipnotizar e povoar o imaginário de amantes
do cinema ou de qualquer outro homem. Determinadas atrizes conseguiram se
tornar estrelas definitivas graças aos seus corpos esculturais. A história das
musas se confunde com a própria história da sétima arte.
Foi no
começo do século passado que surgia um desses primeiros ícones femininos. Greta
Garbo possuía um tom de mistério, uma beleza marcante e era dona de um visual
considerado masculinizado para a época, mas que se tornou moda. A atriz,
indicada três vezes ao Oscar, tinha plena consciência do que despertava nas pessoas,
como ficou claro em uma entrevista que concedeu em 1990, após anos de um exílio
artístico imposto por ela mesma.
“Sou o que o adolescente jamais encontrará, o que o velho procurou em vão durante meio século, o que a mulher desejava ter para segurar quem a deixou. Compreendem, então, por que me escondo? Não quero que os sonhos acabem.”
Devido
ao enclausuramento, Garbo sai de cena, mas tantas outras surgem nos anos
seguintes. Ingrid Bergman, Katherine Hepburn, Elizabeth Taylor, Faye Dunaway,
Jane Fonda, Claudia Cardinale, citando apenas algumas. Porém, é impossível
entrar nesse assunto sem lembrar de Marilyn Monroe, talvez o maior sexy simbol que a indústria
cinematográfica teve.
A
imagem da moça de cabelos loiros e um vestido esvoaçante marcou para sempre a
vida de Marilyn. Seu talento pode até ter sido questionado por algumas pessoas (o
diretor Otto Preminger disse que dirigir Monroe era como dirigir a cadela
Lassie), mas jamais contestaram o seu irresistível charme. Sua passagem pela
vida foi rápida (Marilyn Monroe morreu aos 36 anos), mas seu brilho, ao que
parece, é eterno.
Mas, o
que exatamente transforma certas mulheres nos mitos que são? Um dos principais
motivos é, em sua maioria, que todas eram pessoas à frente de seu tempo. Katherine
Hepburn é considerada um símbolo feminista, falava o que lhe vinha à cabeça e
era adepta do uso de calças. Já a atriz Jane Fonda possuía opiniões políticas
bem formadas, sempre declarando ser contra a guerra do Vietnam. Além de tudo,
eram provocativas, gostavam de ir contra as convenções. A própria Marilyn
Monroe, quando questionada sobre o que usava para dormir, respondeu sem pensar:
“apenas duas gotinhas de Chanel nº 5”.
Outro
mito foi Grace Kelly. Sempre eleita entre as mais bem vestidas, os inúmeros
casos com parceiros de cena ficaram famosos, e o ápice se deu quando passou a
ser a princesa de Mônaco. Bette Davis, duas vezes vencedora dos prêmios da
academia, era conhecida por expressar de forma ácida seus pensamentos:
“Se um homem dá sua opinião, ele é um homem. Se uma mulher dá sua opinião, ela é uma vadia.”
Funcionava, e Davis foi tema até de canção.
Nos
dias atuais, parece que já existe uma herdeira de todas essas divas. Charlize
Theron é considerada linda, tem corpo perfeito, cabelos loiros. Firmou seu nome
com os grandes estúdios e foi agraciada com um Oscar. Pode não ser a mais
talentosa de sua geração, mas é a que possui o perfil mais adequado e
semelhante ao de suas precursoras. E é provável que sempre existam casos assim.
Digam o que quiserem, mas são pessoas assim que iluminam ainda mais as telas dos cinemas. Elas são estrelas necessárias.
Digam o que quiserem, mas são pessoas assim que iluminam ainda mais as telas dos cinemas. Elas são estrelas necessárias.
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