O valioso e
inacabado patrimônio de Pelotas
Antoniela Rodriguez, Marcela Lorea, Mônica Bandeira e Pâmela Mendes
O Mercado Público de Pelotas
foi
construído no ano de 1848, sendo um dos mais antigos do Rio Grande do Sul. Com um estilo neoclássico, o edifício
passou por diversas reformas que mudaram a arquitetura original.
O
Mercado
sempre foi propriedade da Prefeitura de Pelotas, como nos informou o
Superintendente de Cultura Mogar Xavier. No ano de 1912, em virtude do
primeiro
centenário da cidade, o prédio passou por uma reforma, mudando sua
característica
arquitetônica para Art Nouveau. Neste período foi importada da Europa a
estrutura metálica presente no seu interior e a Torre do Relógio
de Hamburgo, na Alemanha.
Somente
em 1969
houve uma segunda reforma, devido a um incêndio. Causado por um curto
circuito, parte do prédio foi destruído, rompeu-se a estrutura metálica e
os
vitrais foram arruinados. Nesta época, a Prefeitura estava passando por
problemas financeiros.
Com isso, a obra não restaurou a estrutura danificada pelo fogo, além de
ter
diminuído o espaço de circulação e aumentado o número de bancas. Com o
tempo, o
Mercado foi perdendo sua singularidade.
A partir de
2009, iniciou a reforma de restauração do Mercado Público com o intuito de
“Devolver a originalidade do interior do prédio do mercado”, como Mogar Xavier
declarou. A Prefeitura e o Governo
Federal, através do Programa Monumenta, entraram com recursos para a
restauração. A ideia principal do projeto é refazer o modelo inicial,
construído em 1848, além de implantar bancas que condizam com as atividades
compatíveis do mercado.
Atualmente,
a obra ainda não foi concluída e está sem prazo de término. Os
locatários da área interna foram transferidos para um local
provisório ao lado da Bibliotheca Pública, na travessa Conde de
Piratini. Enquanto as obras são realizadas, alguns
ocupam o primeiro andar do Shopping Praça XV, um edifício inacabado no
centro da cidade. As peixarias são as
únicas que permanecem com as bancas no Mercado Central.
A Prefeitura ainda possui para o momento um processo seletivo que definirá quem vai ocupar as novas bancas. Sem saber do
andamento da reforma e com o medo de perder o ponto após a reformulação do
mercado, os comerciantes não comentam o assunto e apenas
continuam suas atividades nos locais cedidos. Segundo fontes do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda não existe definição
de prazo porque o orçamento de 2011 não foi liberado. E Mogar Xavier afirma que
os recursos da Prefeitura já foram esgotados e o que falta é apenas do Governo
Federal.
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