Esther Louro e Manuelle de Lima
Os
servidores do Ministério Público da União (MPU), de norte a sul do País,
encontram-se mobilizados e, em várias unidades, já foi deflagrada greve por
tempo indeterminado. Conforme informações obtidas junto ao Sindicato Nacional
dos Servidores do Ministério Público da União (SINASEMPU), o movimento se dá em
prol do reconhecimento e da valorização dos serviços prestados pela categoria à
Instituição.
A
funcionária do MPU da cidade de Rio Grande, Paula da Rosa, nos conta que ao passo
que outras carreiras do serviço público federal já tiveram revisões e
alterações em seus Planos de Cargos e Salários. Segundo ela, os servidores do
MPU continuam com seus salários congelados desde 2006, quando foi aprovada a
Lei n° 11.415/06, objeto de um Projeto de Lei enviado ao Congresso em 2004. Efetivamente,
os servidores recebem valores nominais defasados há sete anos sem que seja
acenada qualquer possibilidade de reposição.
Não
bastasse tal situação, está noticiado no site do SINASEMPU que foi expedido
ofício pelo Secretário-Geral do MPF determinando o corte do ponto dos
servidores grevistas. Aparentemente, há uma incoerência com a missão
institucional do próprio Ministério Público do Trabalho, que tem entre suas
prioridades garantir a liberdade sindical, fortalecendo a organização
trabalhista e coibindo atos atentatórios ao exercício satisfatório dessa
liberdade. Há visto que a violação desses direitos compromete não apenas os
trabalhadores, mas a sociedade como um todo.
No
Rio Grande do Sul, contrariamente à sua própria história de lutas, apenas as
Procuradorias da República nos Municípios de Rio Grande e de Erechim deflagraram
greve em suas unidades. Nesses casos, foi mantido o mínimo de 30% de servidores
em atividade para a manutenção de serviços essenciais.
Servidores
em greve da unidade de Rio Grande
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Pelo
Brasil, os servidores das Procuradorias da República nos Estados de Sergipe,
Espírito Santo, Rondônia e Minas Gerais estão em greve. Ainda há mobilizações e
paralisações em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e no Distrito Federal.
O
Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Gurgel, chefe da Instituição, em
reunião com o SINASEMPU e entidades sindicais na manhã desta sexta-feira
(17), prometeu "empenhar-se" pessoalmente pela aprovação do Projeto de Lei com
as revisões salariais (PL 6697/09), dando prazo de 10 dias para voltar a
receber a comissão. No entanto, Gurgel foi enfático ao negar-se a negociar o
corte de ponto. Tentou justificar sua decisão como forma de “justiça aos que
continuaram trabalhando”. Em nenhum momento concordou em abonar ou compensar o
ponto dos grevistas, apoiando a posição anti-trabalhista do secretário-geral.
O comando de greve deve continuar. E o movimento parece ainda mais fortalecido: “Temos que dar uma resposta. Não adianta ameaçar
porque isto fortalece ainda mais nossa greve”, disse o diretor do
SINASEMPU Anderson Machado.
Como já diria um colega: Casa de ferreiro, espeto de pau...
ResponderExcluirImportante que se perceba que atuar em defesa dos direitos coletivos é um avanço social e a única garantia que temos no sentido de formar uma sociedade mais justa e engajada.
Hoje, cabe a nós construirmos parte do caminho...
bela notícia!! Aos servidores do MPU, mobilizem-se e acompanhem nossa luta:
ResponderExcluirhttp://grevempu.blogspot.com/
http://justicamiope.blogspot.com/
http://www.sinasempu.org.br/