...as imagens
revelam!
Esther Louro e Manuelle de Lima
A imagem, seja no formato de vídeo ou
fotografia, é fundamental no jornalismo. Ela possibilita que o expectador sinta
emoções, conheça diferentes lugares sem sair de casa e, de certa forma,
presencie situações fora de seu cotidiano. Antes dela, as notícias eram a
versão escrita da realidade, mas com a união de texto e imagem, muita coisa
mudou. O público pode comprovar que, de fato, o que liam havia acontecido, e os
jornais passaram a ter maior credibilidade em suas notícias, já que os leitores
além de lerem, “viam” a realidade noticiada.
Segundo o livro “A fotografia como documento
social”, a primeira foto publicada pela imprensa foi no ano de 1880, no jornal
Daily Herald, de Nova York. Após isso, cerca de 24 anos se passaram até que
outros jornais como, Daily Mirror e Daily News, incorporassem a fotografia em
suas páginas.
Crise econômica de 1929 |
Holocausto da 2ª Guerra, em 1939 |
Ataque do Japão a Pearl Harbor, em 1941 |
Bomba nuclear em Hiroshima, em 1945 |
Manifesto das Diretas Já!, em 1983 |
Protesto da Paz na Praça Celestial, em 1989 |
Veja também as imagens
que já marcaram a história da atualidade:
Da atualidade, temos o exemplo da foto da
Praça Coronel Pedro Osório, de Pelotas. Ela foi feita durante a reinauguração
do chafariz das Nereidas, situado no centro da praça. O fotógrafo que a fez,
Paulo Rossi, conta que a foto já foi usada em cartões postais e convites de formatura,
sem a sua autorização. Porém, em conformidade com o jornal em que trabalha,
decidiu não levar a juízo nenhuma dessas situações, por entender que essa foto não
mais lhe pertence, mas faz parte da história do jornalismo da cidade.
ATÉ ONDE VAI O
ALCANCE DAS LENTES?
Além de informar, contar histórias e promover
o debate, o jornalismo tem a função de conscientizar a população, e para isso muitas
vezes precisa usar tristes exemplos. Unindo tecnologia e internet, a Zero Hora.com,
publicou em Novembro de 2010, Vidas Ausentes*, uma reportagem fotográfica, que conta o drama vivido por sete
famílias que perderam entes queridos em acidentes de trânsito. As fotos de
Ricardo Chaves mostram os quartos, ainda intactos, desses que prematuramente
perderam a vida.
Segundo o editor chefe da Zero Hora, Altair
Nobre, existem sentimentos que jamais conseguirão ser fielmente reproduzidos com
palavras. E são nessas horas, que a sensibilidade de quem estará do outro lado
da lente fará a diferença. Afinal, em inúmeras vezes somente as imagens
conseguem captar as mais profundas emoções.
Veja aqui a reportagem:
Editor de fotografia da Zero Hora,
Ricardo Chaves, conta brevemente como foi fazer as fotos:
*Devido à enorme repercussão da reportagem, as
fotos percorrerão o Estado neste ano, na forma de uma exposição.
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