Carlos Fetter, Julian Peglow, Pamela Mendes e Pedro Henrique Diemer
O público brasileiro mudou, o perfil dos humoristas também. Uma nova
escola de comédia está mudando o Brasil e revolucionando a procura por
espetáculos de teatro e programas de televisão. O nome dela: Stand-up comedy.
Essa modalidade de comédia surgiu nos Estados Unidos no final dos anos
50 e decorrer dos 60 em bares e casas noturnas. No princípio, o número de
comédia apenas abria um show de música, mas ganhando popularidade tornou-se o
show principal.
Os números de stand-up são sempre muito simples, apenas um comediante,
um microfone e uma cortina escura atrás dele. O humorista se apresenta
geralmente em pé (daí o termo 'stand up'), sem acessórios, cenários e
caracterização de personagem. Diferencia-se de um monólogo tradicional pela
interação com o público, sempre em tom de conversa.
Para Rafinha Bastos, um dos mais influentes homens da atual comédia
brasileira, o artista deve subir no palco desarmado, despido de personagem e
apresentar suas idéias a respeito do mundo. “Stand-up é comédia de cara limpa,
não adianta nada passar semanas ensaiando e na hora a plateia não reagir como o
esperado. O melhor é agir por si e reagir a plateia”, afirma o humorista.
Marcelo Adnet, outro excelente representante dessa modalidade de humor,
diz que “não existe um roteiro, e isso é ótimo, pois é mais autoral, o texto é
nosso, é uma coisa que não acontece na televisão”.
“O mais interessante na comédia
em pé é que ela é simplesmente engraçada, sem necessidade de caretas ou
figurinos extravagantes para fazer rir” defende o fã Yuri Fagundes, estudante
de 18 anos.
Um fator decisivo na expansão desse movimento artístico foi a difusão
que a internet permitiu. Yuri diz que conheceu a maioria dos grupos de stand-up
comedy pelo Youtube por indicação de amigos em redes sociais. “Hoje posso dizer
que conheço todos os principais clubes do Brasil e alguns dos Estados Unidos,
graças à internet” comenta o estudante.
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